Pouco antes de ser assassinado, Padre Kazimerz Wojno, ou Casemiro, 71 anos, celebrou missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. Um dos fiéis presentes sentiu um “clima estranho”. De acordo com ele, durante a homilia, o pároco disse que estava cansado e “as circunstâncias em que se encontrava iriam levá-lo à morte”. Comentou ainda que o religioso se sentia ameaçado e que, durante a cerimônia, falou sobre os assaltos que estavam ocorrendo na região.
Marlene Barroso, 77, foi uma das últimas a ver o padre Casemiro com vida. Ela conta que avisou ao pároco que já havia fechado a Igreja e iria para casa, no sábado (21/09/2019) à noite. Ele então chamou o caseiro para ajudá-lo na obra que fica nos fundos da paróquia e dona Marlene seguiu para sua residência. “Parece que estou sonhando, fora da realidade. Eu e meu marido trabalhamos com ele por 35 anos. Era muito amável, uma pessoa muito boa. Vou sentir muita falta”, lamentou.
Padre Casemiro morava nos fundos da Paróquia Nossa Senhora da Saúde. “Duas palavras o descrevem: dócil com todas as pessoas que o procuravam e firme contra exatamente o tipo de pessoa que fez essa barbaridade com ele”, contou um dos fiéis. “Ele era um pai para mim”, acrescentou o paroquiano, após deixar uma flor no caixão do religioso.
Padre Casemiro chegou a Brasília em 16 de fevereiro de 1984 e assumiu a Paróquia Nossa Senhora da Saúde um ano depois. O padre Júlio César, 47, tinha 12 anos quando conheceu o pároco. “Ele era uma pessoa séria, ao mesmo tempo muito acessível. Muito determinado, responsável. Quem se aproximava dele, sabia o quanto era acolhedor”, afirmou.
Na missa de corpo presente da tarde desta segunda, o cardeal dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, disse que o sentimento é de dor e pesar. “A partida de pessoas que amamos é sempre dolorosa, mas a dor é ainda maior quando a morte ocorre de maneira tão brutal. Vindo da Polônia, sua terra natal, ele escolheu Brasília para ser sua casa. Aportuguesou seu nome, não somente pela pronúncia difícil para nós, mas porque quis sentir-se ainda mais parte de nós sem perder as raízes, conservadas em seu sotaque inconfundível. Por isso, nós sentimos sua morte como uma família sente a perda de um pai ou um irmão”, assinalou. As informações são do site Metropoles.com



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