Fala-se muito de violência urbana, de confrontos em comunidades, de corrupção e de tantas outras questões que envolvem a Policia Militar no Rio de Janeiro, mas pouco se fala da pressão, otanto física e psicológica, que os mesmos vivem no dia a dia. Impedidos de revelarem suas dores, pois são treinados para tal, policiais militares de todo Brasil enfrentam enormes problemas, na maioria das vezes o policial passa por psicólogos, que constam o problema, mas o mesmo continua em serviço sem condições nenhuma de trabalho. Em entrevista a Revista Exame, publicada em fevereiro de 2019, Adilson Paes de Souza, hoje coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo explica  que os suicídios envolvendo policiais são números explosivos, resultado de décadas de omissão.
Pesquisador de segurança pública, Paes de Souza é doutorando da Universidade de São Paulo (USP), e seu tema principal é a inadequação da formação policial para lidar com a pressão da violência cotidiana.  De acordo com Paes, desde a entrada na corporação prolonga-se em um cotidiano de rigidez hierárquica e intimidação, agravando o estresse, o medo e a angústia inerentes à profissão. Quase sempre vividos em silenciosa solidão.
Foi o que ocorreu este final de semana com João Luiz Pires Cândido, 40 anos, CB PM RG 93057, lotado no 26º BPM,  que, de acordo com informações, saiu de sua residência indo sentido Rio e parecia ter tido  um surto. O policial deixou um áudio em que se mostrava estar em tom de despedida e com intenções de tirar sua própria vida. No áudio, divulgado por amigos nas redes sociais,  o PM se mostra  visivelmente transtornado e revoltado com a situação em que policiais militares vivem no Rio de Janeiro e lembra ao Governador, em tom de exigência e indignação,  para que a escala dos policiais venha se tornar em 24X72. Ainda no áudio João Luiz Pires Cândido diz: ” eu não aguento mais, é muita coisa, eu vivo num momento muito difícil, eu preciso me libertar dessa vida aqui”.
João Luiz Pires Cândido (FOTO: Divulgação)
Alguns amigos ainda tentaram impedir divulgando a placa do carro do PM na intenção do mesmo ser localizado mas os esforços não puderam ajudar  O PM João Luiz, que foi encontrado pela PRF (3ªCPA/34º BPM) ontem, 30, na BR 116 no KM 101, o  carro estava batido no acostamento da rodovia e o PM João Luiz Pires Cândido, morto com um tiro na cabeça.
Violência policial e sofrimento individual
O problema ocorre em todo o país, especialmente nas regiões em que a polícia é mais violenta, como o Rio de Janeiro. Um grupo de psicólogos da PM com pesquisadores do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção (GEPeSP), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), investigou a questão através de uma pesquisa realizada entre 2010 e 2012 entre policiais militares. Entre as conclusões, um dado impressionante: no Rio, os PMs têm quatro vezes mais chances de cometer suicídio em comparação à população civil. fonte e texto folha kariocas.





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