O líder opositor e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou nesta terça-feira (30) que conta com o apoio de um grupo de militares para "restaurar a democracia" e "acabar com a usurpação de poder" - como os opositores se referem ao governo de Nicolás Maduro. O anúncio foi feito em um vídeo gravado de uma base aérea de Caracas e publicado nas redes sociais.

Guaidó também convocou outros militares a se juntarem a seu movimento e pediu que a população saia às ruas, "de forma pacífica" para apoiar sua reivindicação. "Hoje, valentes soldados, valentes patriotas, valentes homens apegados à Constituição vieram ao nosso chamado. Nós também viemos ao chamado, definitivamente nos encontraremos nas ruas da Venezuela", disse o líder opositor.

"Neste momento precisamos ter calma e coragem (...) para restaurar a calma na Venezuela", afirmou Guaidó.

Além disso, o político opositor Leopoldo López, que aparece ao lado de Guaidó nas imagens publicadas nas redes sociais, afirmou que foi libertado por militares e também pediu que os venezuelanos tomem as ruas pacificamente contra o governo socialista.

Por telefone, o pai de López afirmou à Associated Press que espera uma resposta militar e popular depois do chamado feito pelos opositores.

"Veremos um chamado para acabar com a usurpação (da presidência) e, bem, eu espero que o governo usurpador acabe hoje", disse.

Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão pelos protestos antigovernamentais de 2014, estava em prisão domiciliar. Nas redes sociais, ele afirmou que foi libertado pelos militares que apoiam Guaidó.



Golpe


O governo venezuelano denunciou uma "tentativa de golpe de Estado", depois que o opositor Juan Guaidó afirmou ter o apoio de um grupo de "soldados corajosos".

"Neste momento estamos enfrentando e desativando um grupo reduzido de militares traidores que se posicionaram na distribuidora Altamira para promover um golpe de Estado", escreveu no Twitter o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, que se referiu ao caso como uma "tentativa" e acusou a "direita golpista".

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, afirmou em sua conta no Twitter que há normalidade nos quartéis, rechaçando o "movimento golpista" comandado pelo líder oposicionista Juan Guaidó. Mais cedo, Guaidó disse que tinha o apoio das Forças Armadas e convocou o povo às ruas para derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Padrino denunciou a existência de um "movimento golpista" que pretende levar violência ao país. Segundo ele, os "pseudopolíticos" que comandam o "movimento subversivo" usaram "tropas e polícias com armas de guerra em uma via pública da cidade para criar soçobra e terror". Segundo o ministro, as Forças Armadas seguem "firmes em defesa da Constituição Nacional e de suas autoridades legítimas". Todas as unidades militares nas oito regiões do país reportam normalidade nos quartéis e base militares, sob o comando de seus comandantes naturais, complementou.

"Nos manteremos firmes na defesa da ordem constitucional e da paz da República", disse Padrino em sua série de mensagens desta manhã.

Chavismo

O líder do chavismo, Diosdado Cabello, convocou nesta terça-feira uma manifestação no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, depois que a oposição Juan Guaidó afirmou ter o apoio de "bravos soldados" contra o líder socialista Nicolás Maduro.

"Estamos agora mobilizados e convidamos todo o povo de Caracas: venha para Miraflores. Vamos ver o que eles podem fazer contra o nosso povo", disse Cabello, presidente da Assembleia Constituinte no poder, em nota na televisão estatal VTV, chamando a ação de Guaidó de "espetáculo grotesco".






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