O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira, em São Paulo. Ele teve a prisão decretada pela Justiça por ter espancado sua chefe, a procuradora-geral do município de Registro Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39. O espancamento ocorreu durante o expediente, na frente de outros funcionários, e foi gravado por uma das testemunhas.

De acordo com o g1, Macedo foi detido num hospital psiquiátrico na capital paulista. Ele passará pelo Palácio da Polícia na capital paulista, depois pelo Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito seguirá depois para Registro, onde ficará preso.



A prisão do procurador foi pedida pelo delegado Daniel Vaz Rocha, que afirmou que o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública".

A agressão sofrida por Gabriela causou comoção. O vídeo que mostra Macedo desferindo golpes contra ela viralizou nas redes sociais. Ele foi levado para o 1º Distrito Policial e, em depoimento, disse ter espancado a chefe por sofrer assédio moral. O procurador acabou sendo liberado por falta de flagrante, o que causou revolta.

Em entrevista ao GLOBO, Gabriela falou sobre a agressão que sofreu:

OAB inicia trâmite para suspender acusado

O Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil instaurou um "ofício de representação" contra o acusado. Em nota, o Conselho Federal do órgão afirma que Demétrius pode ser punido "até mesmo com a penalidade de exclusão dos quadros da OAB e impossibilidade de advogar e de exercer o cargo de procurador".

"Diante do ato de violência" o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/SP Guilherme Magri informou, em nota, que foi determinada a "instauração de ofício de representação contra o acusado" e que, ainda, determinou-se que "se proceda aos trâmites processuais necessários à suspensão preventiva do acusado.

— Ele veio com tudo para cima de mim, deu uma cotovelada na minha cabeça, e eu fui arremessada na parede. Então ele começou a socar minha cabeça, e os funcionários ficaram em choque. Um ainda conseguiu gravar parte da surra que ele me deu. Ele me chutou inteira, eu fiquei desfalecida e quando estava levantando ele me deu outra — relatou Gabriela. — Ainda me chamou de tudo, de puta e vagabunda.

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