Talibãs mataram a tiros o parente de um jornalista que trabalhava para a Deutsche Welle (DW) no Afeganistão e era procurado pelos militantes, informou o canal público de televisão alemão nesta sexta-feira (20).
Um outro familiar do jornalista ficou gravemente ferido e vários conseguiram fugir, segundo a DW, que não informou a nacionalidade das vítimas e não relevou a identidade do profissional. Ele atualmente mora e trabalha na Alemanha.
Alguns jornalistas afegãos dizem que foram espancados e tiveram a casa invadida desde que o Talibã tomou a capital Cabul, no domingo (15), e
voltou ao poder após 20 anos. A DW diz que os talibãs foram à residência de pelo menos três jornalistas da emissora.
Shabnam Dawran, apresentadora de um telejornal local, disse na quinta-feira (19) ter sido barrada na sede da empresa em Cabul e impedida de trabalhar
Também nesta sexta, um civil alemão foi baleado a caminho do aeroporto de Cabul, mas não corre risco de vida e logo será evacuado do Afeganistão, afirmou uma porta-voz do governo alemão.
Promessa durou pouco
Apesar da tentativa inicial do Talibã de tentar passar uma imagem menos
radical, militantes do grupo extremista têm intensificando a busca por
pessoas casa a casa, aponta documento confidencial da ONU
(Organização das Nações Unidas).
Os talibãs têm listas com nomes e os
alvos são pessoas que trabalharam para
forças de segurança afegãs, americanas e
da Otan, além de veículos de imprensa e
entidades internacionais, segundo o
relatório de inteligência da ONU.
O documento relata ameaças de matar ou prender familiares
caso os alvos não sejam encontrados, exatamente como ocorreu
com o parente do jornalista da DW — o que contradiz frontalmente as
garantias públicas do grupo extremista.
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