O delegado Leandro Ritt, titular da Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS), diz que o servidor público Paulo Roberto Caldas Osório, 45 anos, preso na Bahia depois de raptar e confessar a morte do filho Bernardo, de 1 ano e 11 meses, está atrapalhando o trabalho policial para causar sofrimento à mãe e à avó da criança. 
A polícia fez 100 km de buscas a partir de São Desidério, no oeste da Bahia, e não encontrou o corpo de Bernardo. No depoimento, Paulo contou que dirigiu com o filho pela BR-020 e só notou que ele estava morto muito depois, em um posto de gasolina, quando notou que o menino estava "muito mole". 
Ao perceber a morte do filho, Paulo Roberto continuou a dirigir e contou que deixou o corpo depois da divisa de Goiás com a Bahia. A Polícia Civil do Distrito Federal fez as buscas por terra e com um helicóptero na quarta (4), sem sucesso. 
“Os policiais foram 50km adiante da cidade, rumo a Salvador, e 50km no caminho inverso. No total, foram 100km de buscas infrutíferas, pois ele indicou o local errado de onde a criança foi deixada. Desde o princípio, o objetivo de Paulo era perpetuar o sofrimento da mãe de Bernardo e da ex-sogra para que elas, realmente, nunca mais vissem o menino. Ele não quer que o corpo seja encontrado”, acredita o delegado.
As buscas foram suspensas. Sem o corpo do filho, a mãe do menino, a advogada Tatiana da Silva Marques, 30, ainda mantém esperança de achá-lo.
"Minha ficha não caiu ainda. Eu tenho expectativa de que meu filho vai ser encontrado com vida. De vez em quando, eu choro, mas estou tentando ser forte pela minha família”, afirma.
Sequestro
Na sexta-feira passada, Paulo Roberto, que trabalhava como agente de estação no Metrô de Distrito Federal, pegou o filho na creche. Ele deu um suco de uva misturado com medicamos à criança, que acabou dormindo.
Depois, Paulo Roberto colocou o menino no carro e saiu dirigindo em fuga. Ele diz que abandonou o corpo da criança próximo à divisa entre a Bahia e Goiás. O suspeito foi preso em Alagoinhas. Ele confessou que cometeu o crime para se vingar da mãe da criança e da ex-sogra, Juciane Mascarenhas Nascimento, 57. 
(Foto: Reprodução)
Para o delegado Leandro Ritt, o servidor afirmou que ficou irritado porque a ex entrou na Justiça em 29 de agosto pedindo pensão alimentícia para Bernardo. Ele alegou que estava passando por uma "fase bem difícil" e disse que a ex não precisava de dinheiro.
“Não foi só pela pensão, tiveram outros fatores. Ele relatou desrespeito e humilhação. Então, o que parece é que as frustrações se acumularam e acabaram nessa tragédia. A principal impressão é de que ele preparou tudo e tinha, sim, a intenção de matar. Ele pensou em um assassinato indolor ao filho, pois, na cabeça dele, nutria uma afeição pelo menino”, diz Ritt.
Para o delegado, Bernardo morreu já no dia em que foi levado pelo pai. Ao chegar na casa do servidor, a polícia encontrou muito vômito da criança espalhado no local. 
“Ele nutre um ódio muito forte pela mãe do garoto, mas, sobretudo, pela ex-sogra. Acredito que esse sentimento provocou uma ira tão grande que a afeição que ele sentia pela criança foi deixada de lado. Tudo isso para colocar essas pessoas em um profundo sofrimento”, acrescenta o delegado.
Sequestro
A mãe do garoto está em busca da criança desde a sexta, quando Paulo Roberto levou Bernardo. No domingo, foi ele quem entrou em contato com a ex através de mensagens. Tatiana implorou para que ele devolvesse Bernardo.
“Paulo, a gente sempre tentou manter contato e uma amizade com você. Você nunca quis. A gente sempre quis estar presente com o Bernardo, sempre fizemos tudo. Como você faz uma coisa dessas? O negócio é dinheiro? Pode ficar com o seu dinheiro, eu não preciso dele, não. Só quero meu filho", diz uma das mensagens.
Paulo respondeu dizendo que ela nunca mais veria o filho. "“Boa sorte pra você. Espero que sofra muito. Eu falei que, no dia que você se metesse entre eu e o meu filho, eu ia passar por cima de você. Agora, você está entendendo o recado? Você não vai ver Bernardo mais nunca. Você vai morrer sem vê-lo".
Morte da mãe
Paulo Roberto de Caldas Osório ficou internado na ala psiquiátrica da Penitenciária da Papuda, em Brasília, por 10 anos, por ter assassinado a própria mãe. 
Ele tem esquizofrenia e toma medicamentos controlados. A mãe do menino diz que não sabia do passado do ex-companheiro. Ela só soube da história após conversar com os vizinhos de Paulo, enquanto procurava pelo filho.
Segundo informações do G1, na época em que matou a mãe, em 1992, ele foi considerado inimputável, ou seja, não tinha condições de responder pelo crime devido ao seu transtorno mental. Apesar disso, ele foi aprovado no concurso do metrô, que exige avaliação psicológica.
Paulo estava afastados do seu trabalho por 60 dias, devido a uma licença psiquiátrica. Ele atua como agente de estação. A companhia do metrô disse que não comentaria sobre o caso.
"A Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) informa que Paulo Roberto Osório é empregado da empresa e não comentará o assunto, uma vez que os fatos narrados não se relacionam com suas atividades na Companhia", disse em nota.
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