Na noite do último sábado um importante teórico do nacionalismo russo, criador da quarta teoria política, Aleksandr Dugin sofreu uma tentativa de assassinato com bomba. O artefato explodiu seu carro onde estava a sua filha, Daria Dugina, a assassinando. Ainda não se sabe ao certo o autor do atentado, mas a participação do imperialismo é muito provável visto que Dugin apoiava as políticas nacionalistas de Putin. E a cobertura hedionda da imprensa imperialista condiz com essa tese.

Aleksandr Dugin é um dos fundadores da quarta teoria política, uma tese que tenta ultrapassar as ideologias que dominaram os movimentos populares do século XX, o marxismo e o fascismo, que seriam a segunda e a terceira teoria. Suas ideias angariaram seguidores em diversos países que fundaram organizações políticas, no Brasil a mais importante é a Nova Resistência. Sem entrar muito na discussão teórica na prática os seguidores dessa teoria possuem uma política nacionalista, no Brasil por exemplo se colocam contra a intervenção das ONGs na Amazônia, contra as privatizações, dentre outros.

Na Rússia, país natural de Dugin, o teórico tem posições muito bem definidas sobre a política da nação, principalmente no que tange às relações internacionais. Na questão da Ucrânia, por exemplo, Dugin se colocou de forma ainda mais radical que Putin argumentando que o país deveria ser reintegrado à Rússia, como na época do Tsar ou da União Soviética. Sua posição contra o imperialismo, a qual chama de atlantismo, como um todo é mais contundente que a posição oficial do governo Putin.

Sendo assim sua participação ativamente no governo não está bem estabelecida, a imprensa imperialista o coloca como o grande ideólogo de Putin, como o Rasputin do século XXI. Já a própria imprensa russa, RT, afirma com todas as letras que ele “não tem influência no Kremlin e nem que é uma figura de destaque em Moscou” e que a sua fama é maior no âmbito internacional do que dentro da Rússia. A campanha da imprensa imperialista também o coloca como uma espécie de fascista e por isso tenta ligá-lo a Putin, para fazer a campanha do “fascismo russo”.

Enquanto o cadáver da companheira Daria ainda estava morno e as lágrimas de seu pai desesperado escorriam, a imprensa imperialista já aproveitava a notícia para atacar tanto Dugin quanto Putin. Na realidade Daria Dugina foi tratada não como vítima de um ataque terrorista mas como uma inimiga, sua morte quase que exaltada como a morte das lideranças dos grupos islâmicos anti imperialistas. Isso deixa claro também que o confronto real se dá não entre a Ucrânia e a Rússia, mas entre a Rússia e a OTAN.

Daria Dugina é mais uma das centenas de milhões de vítimas do imperialismo, um militante que lutava contra o regime de opressão de todos os povos do mundo imposto por um pequeno grupo de monopólios. Mesmo não tendo acordo com a sua ideologia como um todo é preciso prestar homenagem a companheira assassinada e as condolências a Alexandr Dugin, que perdeu sua filha por ousar desafiar a burguesia imperialista.

AS INFORMAÇÕES SÃO DO DCO.COM.BR



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